O VOTO CRISTÃO
Muito se tem falado do papel dos cristão nas eleições, qual o seu sentido de voto, qual a orientação por parte da Igreja, etc. Os partidos de esquerda acusam a Igreja e os seus Padres por influenciar os fiéis nas celebrações a que presidem e apelam ao voto independentemente da sua orientação religiosa (ainda outro dia ouvi o Dr. Louçã a pedir a todos os cristãos que votassem em consciência). É óbvio que o Dr. Louçã não sabe do que fala. Foi o próprio Cardeal Patriarca que pediu que os católicos votassem em consciência. E, afinal, do que se trata? Posso dar o meu testemunho no que respeita a esta matéria. No dia em que o Sr. Presidente da República resolveu dissolver a AR, e sem querer fazer qualquer tipo de considerações acerca desta decisão, pensei, por momentos, a bem da Nação votar no PS, de forma a assegurar a maioria absoluta. Felizmente foi uma hora do diabo que rapidamente terminou. Comecei então a pensar nas consequências de tal acto. A verdade é que o PS preconiza, entre outras medidas, a realização de um referendo sobre o aborto, defendendo a solução despenalizadora de tal acto. Já os partidos de extrema esquerda, leia-se PCP e BE, defendem a despenalização, sem necessidade de qualquer referendo (porventura receando que a vontade popular não coincida mais uma vez com as suas ideias "neo-fascistas" - é preciso não esquecer que foram não só os países comunistas, como a China, mas também a Alemanha de Hitler que fizeram abortos em massa). Parece-me evidente que, para um católico, esta é uma questão essencial, de consciência, a qual não pode deixar de pesar mais que o deficit, a co-incineração ou as portagens das scuts. Em bom rigor, um católico que vote em consciência não tem muitas opções de voto, não podendo passar este, como é evidente, pelo voto na esquerda. Por tudo isto, os católicos sabem bem em quem devem votar se pretenderem votar em consciência. Dir-me-ão alguns que os planos (religião e política) não se devem misturar. Pois é, mas a verdade é que se não regermos a nossa vida por princípios vamos regê-la porquê?
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