segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Irmã Lúcia e o seu aproveitamento

Ao ler o jornal de Público, fiquei indignado com a falta de ética dos nossos jornalistas, que supostamente são imparciais. Diz: "Portas colou-se ao populismo de Santana Lopes de decretar dois dias de luto nacional em plena campanha. O aproveitamento político da morte da vidente de Fátima é óbvio."
Penso que esta falta de coerência da parte dos meios comunicação, é em muito prejudicial para a nossa política e para os jornalistas. Se querem dar opiniões políticas, que o façam, mas que assumam de uma vez por todos o seu posicionamento político. Nos EUA o leitor sabe qual a tendência do jornal que compra, pois estes apoiam os candidatos. É manifesto a falta de imparcialidade jornalística.
Mais, é a falta de respeito pelas grandes figuras da História de Portugal dos partidos mais à esquerda, que fica patente neste acontecimento. Que se respeite ao menos o povo Católico.

quinta-feira, fevereiro 10, 2005

O VOTO CRISTÃO

Muito se tem falado do papel dos cristão nas eleições, qual o seu sentido de voto, qual a orientação por parte da Igreja, etc. Os partidos de esquerda acusam a Igreja e os seus Padres por influenciar os fiéis nas celebrações a que presidem e apelam ao voto independentemente da sua orientação religiosa (ainda outro dia ouvi o Dr. Louçã a pedir a todos os cristãos que votassem em consciência). É óbvio que o Dr. Louçã não sabe do que fala. Foi o próprio Cardeal Patriarca que pediu que os católicos votassem em consciência. E, afinal, do que se trata? Posso dar o meu testemunho no que respeita a esta matéria. No dia em que o Sr. Presidente da República resolveu dissolver a AR, e sem querer fazer qualquer tipo de considerações acerca desta decisão, pensei, por momentos, a bem da Nação votar no PS, de forma a assegurar a maioria absoluta. Felizmente foi uma hora do diabo que rapidamente terminou. Comecei então a pensar nas consequências de tal acto. A verdade é que o PS preconiza, entre outras medidas, a realização de um referendo sobre o aborto, defendendo a solução despenalizadora de tal acto. Já os partidos de extrema esquerda, leia-se PCP e BE, defendem a despenalização, sem necessidade de qualquer referendo (porventura receando que a vontade popular não coincida mais uma vez com as suas ideias "neo-fascistas" - é preciso não esquecer que foram não só os países comunistas, como a China, mas também a Alemanha de Hitler que fizeram abortos em massa). Parece-me evidente que, para um católico, esta é uma questão essencial, de consciência, a qual não pode deixar de pesar mais que o deficit, a co-incineração ou as portagens das scuts. Em bom rigor, um católico que vote em consciência não tem muitas opções de voto, não podendo passar este, como é evidente, pelo voto na esquerda. Por tudo isto, os católicos sabem bem em quem devem votar se pretenderem votar em consciência. Dir-me-ão alguns que os planos (religião e política) não se devem misturar. Pois é, mas a verdade é que se não regermos a nossa vida por princípios vamos regê-la porquê?

quarta-feira, fevereiro 09, 2005

Homília do Padre Lereno

Acredito que a homília do Sr. Padre Lereno tenha tido muitas virtudes. Mas, saliento uma, que acho importante: fez pensar muitos crentes e não crentes sobre a opinião da Igreja perante assuntos vitais para a sociedade (aborto, eutánasia, famílias destruídas).
José Sócrates rapidamente disse que a opinião da Igreja não correspondia à homilia do Sr. Padre Lereno. José Sócrates. aconselho vivamente a leitura do Catecismo da Igreja e da Encíclica Evangelium Vitae. A Igreja sempre convidou os cristãos a votarem segundo os seus príncipios. E a verdade, é que ao votar em certos partidos estamos a ir contra príncipios fundamentais do Cristianismo, como é o direito à vida. E não há que ter medo destas divisões, a Igreja é contra o aborto, outros partidos o defendem. Quem quer ser seguir a Igreja, que o faça!
Louça disse "um país onde há uma norma religiosa para impor um voto é um país sem liberdade religiosa". É necessário frisar: a Igreja nao impôs voto nenhum, apenas referiu a sua doutrina e o comportamento que o cristão deve ter perante este se o assim entender.
Já há tempos, li um artigo de César das Neves que dizia que a maior vantagem para a Igreja destas confusões e da radicalização destes temas era a perseguição, perante estes problemas a Igreja sempre soube renovar-se e dar os frutos que lhe são próprios.

segunda-feira, fevereiro 07, 2005

Conservador, mas só um bocadinho


«O mesmo eu disse há pouco, eu que defendo as uniões de facto, o aprofundamento das uniões de facto, entre casais do mesmo sexo ou não, nomeadamente em direitos de herança. Que defendo, em relação à eutanásia, que há situações absolutamente excepcionais, em que, com a intervenção do médico e a intervenção da família, que admito que a actual lei possa ter alterações. Não tenho posições em todas as matérias que são coincidentes com aquelas que são defendidas pela parte, se quiser, mais conservadora da sociedade portuguesa. Nem pouco mais ou menos.»
Santana Lopes, no debate contra Zé Sócrates
Já não estou a perceber nada. PSL não era contra alterações da lei sobre uniões de facto? Afinal, defende o aprofundamento das uniões, entre casais do mesmo sexo ou não?
Que seja coerente, ao menos isso, para não dar maioria absolta ao Zé "Guterres".

IRONIA DA CABALA

Ao ler o livro Professor, Boa Noite!, mais concretamente um comentário de Marcelo Rebelo de Sousa, datado de 20 de Julho de 2004, deparei me com o seguinte comentário sobre o governo de Santana Lopes:

«Tenho uma simpatia pessoal por Rui Gomes da Silva, porque foi meu apoiante no tempo da "Nova Esperança", mas só desejo que ele, enquanto ministro dos Assuntos Parlamentares, não cometa as gaffes desse tempo, como quando chamou "cabide" a Pinto Balsemão, provocando uma crise num Conselho Nacional. Num outro Conselho de Nacional enganou-se e quase deu a entender que Mota Pinto tinha um "saco azul", de dinheiro "esquisito", o que provocou a queda deste último. Ou seja, em meu entender, é uma pessoa que não tem a densidade para ocupar o cargo de ministro dos Assuntos Parlamentares.»

Grande ironia...